O empate na estreia faz da partida da noite desta terça-feira (12), Arena, uma encruzilhada para o Grêmio. É preciso vencer para evitar atropelos logo ali adiante. A tabela aponta uma saída na terceira rodada para enfrentar a Universidad Católica, no Chile. Por isso, os matizes de decisão que ganhou o confronto com o Libertad.
O Grêmio, é evidente, está um degrau acima dos paraguaios. Talvez dois, se não três. Mas a Libertadores encurta distâncias e faz do jogo medição mais de forças do que de técnica.
O Libertad chega em momento conturbado. Acaba de trocar o técnico colombiano Leonel Álvarez pelo argentino José Chamot, uma mudança esquizofrênica se olharmos apenas o contexto, logo depois do 4 a 1 na La UC. Mas é um time rodado, com jogadores tarimbados, como o zagueiro Paulo da Silva e o atacante Tacuara Cardozo, ambos com Copa do Mundo no currículo. Será a noite para o Grêmio mostrar hierarquia e, principalmente, para a torcida abraçar o time. Com ela, Everton e, espera-se, Luan em noite inspirada, o caminho para a vitória encurta.
Os repolheiros
Quem chegar a Assunção e perguntar pelo Libertad talvez não receba resposta imediata. Mas, se indagar pelos "repolleros", ouvirá sobre a terceira força do futebol paraguaio, em pelotão que tem Guaraní, Sol de América e Sportivo Luqueño. O apelido vem da origem do clube. Anos depois de sua fundação, em 1905, o Libertad se instalou no bairro Tuyucuá, numa zona colonizada por italianos. Que plantavam repolhos. O rival gremista desta noite também é conhecido como Gumarelo, fusão dos sobrenomes das família Gummaressi e Nuzzarello, que viviam na região. E, por certo, plantavam repolhos.
Libertad e o uruguaio
O argentino José Chamot faz apenas uma troca em relação ao time que fez 4 a 1 na Universidad Católica. Sai o volante colombiano Mejia e entra o paraguaio Caceres. Atenção ao lateral-esquerdo Ayrton Cougo, eleito nos dois últimos anos o melhor da posição no Uruguai.