A informação de Grêmio e Inter é de que os prêmios da Libertadores serão três vezes maiores em 2019. Mas a Dupla, em conjunto com os clubes brasileiros já garantidos da competição em 2019, buscará mais. O presidente do Inter, Marcelo Medeiros, representou os dois clubes gaúchos no encontro dos brasileiros classificados para a competição. A ideia é convencer a Conmebol a adotar uma premiação diferenciada para clubes que tenham maior apelo e mais visibilidade no continente. Pelo formato atual, um clube venezuelano, por exemplo, recebe a mesma cota por jogo que um gigante argentino ou brasileiro.
A edição 2018 da Libertadores pagou, na fase de grupos, US$ 1,8 milhão (R$ 7 milhões) a cada participante. Nas oitavas de final, a cota foi US$ 750 mil (R$ 2,9 milhões), nas quartas, US$ 950 mil (R$ 3,6 milhões) e na semifinal, US$ 1,35 milhão (R$ 5,2 milhão). O campeão levará US$ 6 milhões (R$ 23,2 milhões) e o vice, US$ 3 milhões (R$ 11,6 milhões). Ou seja, ao final, o campeão terá embolsado R$ 41,9 milhões. Bem menos do que a Copa do Brasil (R$ 60 milhões) e do que o Brasileirão (somados premiação e direitos de TV).
Em setembro, a Conmebol anunciou que atingiu o mínimo esperado, de US$ 1,4 bilhão (R$ 5,4 bilhões), no novo contrato de comercialização de seus torneios, válido para o período entre 2019 e 2022. Ou seja, haverá dinheiro suficiente no caixa para aumentar a premiação da Libertadores. Outra reivindicação dos clubes brasileiros é de que a entidade reduza seu percentual dos valores arrecadados com patrocinadores e contratos de TV. Hoje, ela coloca 50% em seu cofre. Para se ter uma ideia, a Uefa coloca em seu bolso apenas 20%.
As reivindicações dos clubes brasileiros serão levadas pela CBF à reunião marcada pela Conmebol para acontecer antes do sorteio dos grupos, no dia 17 de dezembro.