Está longe de ser um péssimo resultado para o Inter o 0 a 0 com o Palmeiras. Não é à toa que completou no Beira-Rio nove jogos sem levar gols. Há bons jogadores de sobra que permitem a Felipão montar dois times sem perder força. Neste domingo, quando o sapato apertou, ele chamou William Bigode, que descansava para a decisão da Libertadores, na quinta-feira. Gustavo Gómez, o paraguaio, recém chegou do Milan, é banco. O mesmo vale para Luan, seu companheiro no Beira-Rio e que estava no grupo do ouro olímpico. Lucas Lima é um reserva de quase R$ 1 milhão por mês.
A questão do 0 a 0 no Beira-Rio, no entanto, não está na eficiência do Palmeiras. Mas na dificuldade do Inter em encontrar rotas alternativas quando os caminhos se fecham. Foi assim contra o Paraná, quando padeceu até chegar ao gol aos 50 do segundo tempo. Neste domingo, Felipão bloqueou as saídas de Zeca e Iago com Moisés e Hyoran. Edenílson e Patrick encontraram um meio-campo compacto, com Jean e Thiago Santos, além do mesmo Moisés e de Lucas Lima, que recuava. Assim, o Palmeiras ilhou o ataque colorado.
No segundo, mesmo com Nico, principalmente, Edenilson e Patrick se movimentando mais, o Inter teve a bola, o domínio e o ritmo do jogo. Mas criou pouco. O melhor lance foi o cabeceio de Cuesta. É bom ressaltar que não foi ameaçado, o que mostra a solidez defensiva, ilustrada pelos seis jogos seguidos sem levar gol.
Fica para Odair o desafio de fazer com que o time busque mais soluções quando encontrar defesas compactadas. E elas serão rotina neste returno cada vez mais renhido e equilibrado (e que para o Inter larga com os quatro semifinalistas da Copa do Brasil e um clássico até a sexta rodada). Quem ambiciona mais no Brasileirão, e o Inter conquistou o direito de sonhar com o título, precisa fazer gols quando eles parecem ser impossíveis de serem feitos.
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