Em casa e curtindo os primeiros dias em Porto Alegre depois de um ano no Rizespor, o meia Lincoln aproveitou a sesta do pequeno Lincoln Júnior, de 10 meses, na tarde desta segunda-feira e conversou com a coluna sobre seu futuro no Grêmio e a experiência na Segunda Divisão turca. Confira a entrevista.
Quando você se reapresenta ao Grêmio?
Cheguei semana passada, mas tenho contrato com o clube turco até o final deste mês. Treino em uma academia, já que não posso trabalhar no clube. Estou de férias, mas tem de treinar para não sentir muito quando voltar. Foi uma temporada muito forte, por isso aproveito esses dias também para estar com a família
Que Lincoln a torcida verá depois de um ano na Turquia?
Um Lincoln muito mais maduro, que teve mais oportunidades de jogar e, automaticamente, mais confiança. Estou mais cascudo, como costumamos dizer, pelas chances que tive. Era um campeonato de segunda divisão mas era superdifícil. Para muitos, passa a impressão de que era uma competição menor. Mas foi muito dura. Encarei essa batalha e acabei campeão e com o acesso.
A vida no Exterior e o inverno também te ajudaram a ganhar essa "casca"?
É difícil sair para jogar fora. Foi a minha primeira vez longe do Brasil. Tive o total apoio da família, minha mulher e meu filho facilitaram muito. Posso dizer que foi muito bom, me acostumei muito rápido. Quando ao clima, lá é muito frio, mas aqui também é frio. Achei que nevaria mais. Foi bom sair, para meu desenvolvimento. Creio que cresci muito nesse ano. Fui bem.
Como você jogava no Rizespor?
Joguei em 20 partidas e acabei escalado quase sempre como meia central, numa linha de três. Só que gosto de trabalhar em outras funções e incomodava o técnico, pedindo para treinar em posições diferentes. Quando havia espaço, trabalhava como volante ou pelo lado.
Pela dureza do campeonato, você fez um trabalho físico diferente?
Logo que cheguei de volta das férias de janeiro, fizemos uma checagem. Estava com um pouco mais de massa muscular do que nos tempos de Grêmio. É que fazíamos muito trabalho na academia. Havia tempo, pelo calendário. E a segunda divisão turca era muito forte e com estilo de jogo rápido. Exigia mais do físico.
Qual o seu futuro imediato?
Na verdade, não conversei com ninguém do Grêmio. Estou de férias. Quero voltar bem, por isso estou treinando. Tenho contrato até o final de 2019 e pretendo ficar no clube.