O Cruzeiro, depois de oito temporadas seguidas na elite, caiu para a Segunda Divisão gaúcha. O que poderia ser uma tragédia para uma entidade que luta contra a escassez de recursos virou oportunidade. Aos 105 anos de vida, o clube buscará, a partir do segundo semestre, recursos através de criptomoedas (moedas virtuais).
A meta é captar R$ 60 milhões para finalizar o novo estádio, em Cachoeirinha, cujas obras estão em ritmo desacelerado por falta de recursos. Os investidores virtuais, em contrapartida, ganharão poder de decisão. A partir do segundo semestre de 2019, poderão, através de software com jeito de game, o Cruzeiro Open Source (CROS), participar da definição de temas relevantes da rotina do time, como escalação, contratações e até design dos uniformes, e do clube, em acordos comerciais e preço dos ingressos.
O técnico que assumir o time do Cruzeiro precisará se encaixar ao modelo de gestão digital e participativa preparado pela direção em parceria com a gaúcha Iconic. Estará entre suas funções interagir e trocar ideias com os assinantes dentro do próprio software, atuando como gerentes executivos das decisões compartilhadas. A alta gestão do clube, no entanto, seguirá com a direção eleita.