O "centroavante dos gols bonitos" embala o sonho do Grêmio. É assim que os argentinos definem Nicolás Blandi, o goleador do San Lorenzo e um dos poucos remanescentes do grupo campeão da América em 2014. A primeira investida do clube gaúcho foi recusada e houve um recuo nas negociações.
Mas é para Blandi que o presidente Romildo Bolzan Júnior sonha entregar a camisa 9 em 2018. Blandi faz gols bonitos porque é um jogador de técnica refinada, que evita o choque na área ao procurar o espaço vazio e o melhor posicionamento. Embora o biotipo de 1m81cm e 78 quilos permita o confronto com os zagueiros, não se trata de sua principal característica.
Forjado pelo Chacarita Juniors, finalizou sua formação no Boca. Mas nunca ganhou uma sequência longa de jogos. Primeiro, saiu emprestado para o Argentinos Juniors. Voltou, fez dois gols em um superclássico de verão contra o River e, nem assim, convenceu o Boca de que era melhor apostar no centroavante feito em casa. Em 2014, foi comprado pelo San Lorenzo. Ficou na reserva no primeiro ano e fez apenas cinco gols em 35 jogos. Acabou cedido seu custos por seis meses ao Evian, da França e voltou ao clube em junho de 2015 para decolar e se tornar a referência do time.
Por isso, os argentinos pedem US$ 6 milhões por ele. Um valor que o Grêmio não pagará. Por isso, o recuo na negociação e a espera para que a janela de transferências à Europa se feche.