O Inter precisa repensar muito o seu 2017. A vaga na Série A está garantida. Mas o que fica da Série B para 2018? O time está finalizando a competição da mesma forma como começou, inseguro, instável e sob desconfiança da torcida. O processo de rebaixamento dizimou o clube. A gestão passada deixou em frangalhos o orgulhoso Inter de mais de 100 mil sócios e com estádio da Copa.
Foi preciso deflagrar a reconstrução física do time e emocional de todo o contexto colorado. Não é um trabalho fácil, é verdade. Mas houve tempo de sobra para enterrar o 2016, e a impressão que dá é de que ainda não se conseguiu êxito nessa empreitada.
Geralmente, quando fazem a dolorosa trajetória da Série B, os grandes clubes emergem mais fortalecidos e com um alicerce robusto para seguir subindo. O Corinthians campeão do mundo em 2012 começou a ser construído em 2008, na Segunda Divisão. No ano seguinte, ganhou a Copa do Brasil, depois o Brasileirão 2011 e a Libertadores do ano seguinte. Esse Botafogo que supera as expectativas também foi forjado na Série B.
O Inter parece patinar e não dá mostras de que se despedirá de 2017 com uma base sólida. O clube precisa, de verdade, analisar a fundo o seu time, o seu técnico e seu grupo. Esse grupo é o começo dos próximos três ou quatro anos no Beira-Rio.
Pelo que vemos na reta final da Série B, pouco o Inter consegue levar para seu retorno à elite. E isso refletirá muito logo ali na frente.