O Grêmio faz um movimento raro dos clubes brasileiros e começa a flertar com o gigantesco mercado chinês. O presidente Romildo Bolzan Júnior passou 10 dias em Zhuhai e tinha volta prevista para a noite deste domingo. A visita de Romildo, mais do que acompanhar a conquista da Copa China América Latina pelo time de transição, serviu para o clube entabular projetos com o principal mercado econômico do mundo neste momento.
O Grêmio já está estabelecido em Zhuhai, destino turístico na província de Guangdong, no sul do país, encravado no delta do Rio Pérola e separado de Hong Kong por 40 minutos de ferryboat. O clube tem parceria com a escola de futebol local Black Panthers.
São mais de 2 mil alunos treinando sob a metodologia importada das escolinhas do clube gaúcho no Bairro Cristal, na zona sul de Porto Alegre. O potencial é imenso, já que o futebol faz parte, na China, do currículo escolar. O plano do Black Panthers é, em cinco anos, estar disputando a Superliga Chinesa e rivalizar com os vizinhos gigantes Guaghzou Evergrand, time de Felipão.
Mas as relações gremistas com a china se estendem também para o marketing. O diretor executivo Beto Carvalho esteve no país há poucos meses e, além de visitar a parceira do clube, foi a duas feiras de produtos elaborados no país – sendo uma delas a maior da China, em Guangzhou.
Sairão das linhas de montagem das fábricas chinesas duas novas linhas de produtos, que estarão na GrêmioMania da Arena até março de 2018. Conheci os produtos, escondidos como segredo de estado a sala de Beto, para evitar a pirataria. São artigos escolares, para viagem e brinquedos, todos tendo como motivação as marcas do Grêmio. Os produtos da linha escolar, principalmente, são inéditos no nosso mercado e tem tudo para fazer sucesso, ainda mais com o embalo da torcida pelos resultados do time.