O rebaixamento mandou seu recado ao caixa do Inter. A presença na Série B fez o mercado baixar os valores dos principais jogadores do grupo. Nesta janela do meio do ano, nenhuma proposta aterrissou na mesa do presidente Marcelo Medeiros. Vieram apenas sondagens, mas as cifras oferecidas assustaram os dirigentes de tão baixas.
A perspectiva é de que a volta à elite recupere a valorização dos principais jogadores. Os investimentos feitos para montar um time competitivo e retornar à Série A exigem que uma venda seja feita. Hoje, os nomes mais vísiveis na vitrina são os de Rodrigo Dourado e William Pottker. São eles que carregam o maior potencial de negociação na janela de inverno europeu. Um terceiro nome poderia até ser Klaus, por ser jovem e ter grande potencial de crescimento. Mas a fratura no braço interrompeu sua ascensão, e ele só voltará nas últimas rodadas da Série B.
Como essa janela de inverno é curta e geralmente usada pelos clubes para ajustes no grupo, o Inter acredita que ainda precisará de boas atuações no primeiro semestre de 2018 para conseguir fazer uma venda que restabeleça o equilíbrio em suas contas. Questionado se é urgente a transação de algum titular, um dos integrantes da atual gestão foi sucinto: "Não vendemos ninguém neste ano, e clube brasileiro sempre precisa negociar um jogador".
Além da desvalorização com a Série B, o Inter paga pela necessidade de montar um grupo mais cascudo para fazer a travessia de volta à Série A. Cuesta e Uendel, por exemplo, têm 28 anos e já não atraem mais o mercado estrangeiro. Por isso, a esperança de fazer algum caixa recai mesmo Dourado e Pottker..