O Inter vai encarar no sábado, certamente, sua mais genuína experiência de Série B nesta caminhada para voltar à elite. O jogo em Caruaru, a 130 quilômetros de Recife, sob o sol do agreste pernambucano, será em um estádio acanhado, para com capacidade para 10 mil pessoas e com um gramado duro. O Náutico, inclusive, já fez reunião com os jogadores para explicar a logística que será adotada nas próximas quatro rodadas em que mandará as partidas.
O Central, dono do Estádio Lacerdão, reformou seu campo para a disputa da Série D. Ele estava em tão precária situação que nem foi usado no Pernambucano. Mas ele segue duro e dificulta para quem tenta jogar com a bola no chão. Funcionários do Náutico já foram deslocados para Caruaru e começaram a dar um trato no gramado para a partida de sábado.
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Conversei com o repórter Thiago Wagner, do portal N10, do Jornal do Commércio, de Recife. Segundo ele, Caruaru virou a melhor alternativa do Náutico depois das negativas de Sport e Santa Cruz em ceder seus estádios. Como haverá uma série de eventos religiosos na Arena Pernambuco, o clube bateu na porta dos rivais. Segundo Thiago, a negativa de Sport e Santa foi motivada pelo estado dos gramados, castigados pelas chuvas entre junho e agosto.
A decisão respingou no Inter, que terá de esticar sua passagem pela Série B até o agreste pernambucano. Mais do que vencer e encurtar para cinco vitórias a distância até a elite, a experiência servirá para que o clube resgate um pouco da humildade perdida em meio a uma de suas fases mais vitoriosas.