Foi apenas uma entrevista coletiva, mas as impressões deixadas por Paulo Autuori em sua primeira aparição como diretor técnico do Inter foram as melhores possíveis. Respondeu a todas as perguntas com absoluta segurança e ressaltou que sua função tem como objetivo principal o de facilitar a vida do treinador, fazendo o elo entre direção e vestiário, mas com um conhecimento de causa que ninguém tem igual, hoje, no Beira-Rio.
Imagino que uma figura como a de Autuori seja amplamente respeitada, também, no vestiário. Jogador sabe quando está lidando com alguém experiente e vencedor. No caso dele, além dos títulos conquistados como treinador, há uma considerável experiência de mais de uma década no futebol europeu e isso será muito importante na relação com o treinador estrangeiro, algo que ainda causa uma certa "estranheza" por aqui.
Gostei, também, que ele deixou claro que o clube precisa trazer o executivo de futebol — para completar o organograma prometido ainda na campanha eleitoral — e que a "hierarquia sempre será respeitada". As palavras empolgaram. Agora vamos à ação.
Falando em ação, nesta quarta-feira o time volta a campo depois de duas semanas só de treinos. O mínimo que esperamos é ver evolução num futebol que mostrou quase nada em 2022. O próprio Autuori citou a coragem da direção em bancar Medina depois das eliminações e que a sequência é necessária para os resultados aparecerem. Veremos o que o campo vai nos mostrar.