Já não dava para esperar muito de um time desfalcado e com jovens em campo, mas o primeiro tempo do Inter contra o Cuiabá foi fraco. Diego Aguirre apostou em Caio Vidal no lugar de Edenilson, que teve problemas no complicado deslocamento do interior da Argentina à capital do Mato Grosso. Não deu certo: o garoto, que não jogava há bastante tempo, não conseguiu render numa posição-chave do esquema e obrigou o treinador uruguaio a mudar no intervalo.
O lógico aconteceu, o Inter melhorou, mas não o suficiente para ameaçar o gol cuiabano. Enquanto isso, Jorginho, o treinador adversário, viu que o lado esquerdo da zaga colorada era o caminho. As melhores jogadas foram se repetindo por ali até que, em uma delas, o juiz marcou um pênalti que contraria a regra, pois o jogador colorado dobra o braço e diminui a amplitude do corpo.
Não merecíamos vencer, mas o pênalti que nos derrotou não existiu.
Único porém
A repercussão da camisa preta foi sensacional. Portais esportivos nacionais e internacionais saudaram a iniciativa conjunta entre o Inter e a Adidas – além de, claro, ressaltar o principal propósito da existência do modelo lançado ontem: o combate ao racismo.
Minha única ressalva a todo este movimento é o preço do produto. Sei que as camisas oficiais de futebol se tornaram itens de alto valor, mas clubes e fornecedores de material esportivo precisam achar uma forma de mudar isso para favorecer torcedores mais pobres. Ainda mais com a perda de poder aquisitivo com que sofremos atualmente.