A derrota para o Juventude não repercutiu tão negativamente com a torcida colorada por dois motivos bem evidentes: primeiro, porque os colorados ainda saboreiam a vitória no clássico do último final de semana e, também, porque os três pontos perdidos foram para a conta de um time que disputa diretamente o descenso com o coirmão.
Mas é importante registrar que o time da Serra soube explorar a fragilidade prevista no meio-campo do Inter. Das cinco peças que formam o principal setor do time de Aguirre, duas nem foram pra Caxias: Taison e Patrick. Mesmo que eu tenha gostado da atuação de Palacios — pelo meio, foi muito mais participativo do que pelos lados — e Mauricio, ambos sofreram com a falta de entrosamento.
Na sequência — quando ainda estava 0 a 0 —, Lindoso deixou o campo e foi depois disso que o Juventude abriu o placar. Na intenção de buscar o empate, nosso treinador colocou Boschilia e tirou Gabriel Mercado, deslocando Edenilson para a lateral direita — numa manobra que eu não entendi, já que Heitor estava no banco — deixando, assim, apenas um titular do meio campo em sua posição: Rodrigo Dourado.
Fica muito difícil reagir num jogo onde 80% do meio de campo está mexido. É bem verdade que a reação até existiu — e tivemos um pênalti claro não marcado a nosso favor — mas a derrota passou direto por este setor.