O Almanaque Gaúcho completa 25 anos nas páginas de Zero Hora. Em 20 de setembro de 1999, o jornalista Antônio Goulart publicou a primeira coluna, recheada de informações sobre a Revolução Farroupilha e as tradições gaúchas. Em destaque, uma foto do tradicionalista Paixão Côrtes acendendo a chama crioula no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.
O que tu estavas fazendo naquela época? Como estudante de jornalismo, eu começava a trabalhar na Rádio Progresso, em Novo Hamburgo.
Como era o Brasil? Fernando Henrique Cardoso estava na Palácio do Planalto. Olívio Dutra governava o Rio Grande do Sul. O salário mínimo era R$ 136. O dólar estava cotado em R$ 1,88. Na RBS TV, a novela Terra Nostra fazia sucesso. Ronaldinho brilhava no Grêmio e Dunga liderava, em campo, o Inter.
Depois de uma passagem por Zero Hora na década de 1980, Antônio Goulart retornou para ser o primeiro titular do Almanaque Gaúcho. O jornalista conta que Marcelo Rech, então diretor de redação e idealizador da coluna, fez o convite.
— Caiu no gosto do público logo. No meio de tantas notícias ruins, estava uma página de conteúdos leves — recorda Goulart.
Aos 89 anos, Goulart é conselheiro da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Morador de Porto Alegre, continua assinante de Zero Hora e leitor do Almanaque Gaúcho.
O segundo titular deste espaço foi Olyr Zavaschi, falecido em 2011. Ricardo Chaves ficou até o início de maio de 2024. A coluna também teve a colaboração de interinos.
Em 25 anos, foram diferentes formatos, seguindo as transformações do jornal. O Almanaque Gaúcho mantém a essência, que é contar histórias e remexer nas memórias dos leitores.