O Ibiza Club transformou as noites do Litoral Norte a partir do verão de 1994. A casa noturna foi inaugurada em 31 de dezembro de 1993, em Atlântida. Inspirada nas danceterias da paradisíaca ilha de Ibiza, na Espanha, ofereceu um ambiente de encantamento, com bailarinos, cuspidores de fogo e outros artistas.
Inicialmente, a área de 3 mil metros quadrados tinha cinco bares e ambientes cobertos e ao ar livre. A capacidade era de seis mil pessoas. Em Zero Hora, semanas depois da abertura, reportagem descreveu que "logo na entrada um enorme candelabro com velas acesas anuncia que aquela não é mais uma simples danceteria". Imediatamente, o Ibiza virou a casa noturna mais badalada do Litoral Norte.
No programa da Gaúcha+, da Rádio Gaúcha, entrevistamos Julius Rigotto, um dos sócios da danceteria. Ele contou que já fazia antes uma festa itinerante chamada "Julius en Ibiza". Discotecário desde 1969, o DJ e empresário pensou em muitas atrações para surpreender os frequentadores. Ninguém esquece dos banhos de espuma.
Com o tempo, o Ibiza Club de Atlântida passou por ampliações. No Carnaval de 1998, bateu o recorde de 15.040 pagantes. O sucesso no Litoral Norte fez o Ibiza chegar à Gramado, Jurerê Internacional, Balneário Camboriú e São Paulo.
As músicas das pistas do Ibiza Club também foram parar em CDs. No total, foram 12. O primeiro vendeu 180 mil unidades. O som das baladas podia ser ouvido em casa ou no carro.
A última temporada em Atlântida foi no verão de 2007. Por que fechou?
— O Ibiza criou o próprio câncer. Eu não conseguia mais chegar ao Ibiza. Se o Ibiza tinha capacidade de 15 mil, ficavam 100 mil na Avenida Central. Começaram a fazer baderna. A própria Brigada Militar dizia que não tinha efetivo para coibir isto — responde Julius Rigotto.
Pela inovação na noite e o sucesso de público, considero o Ibiza Club a mais importante danceteria da história das praias gaúchas.