Com 2,4 mil poltronas, o Cine Cacique abriu as portas em 1957. O cinema ficava no térreo do Edifício Cacique, na Rua dos Andradas, número 943, em Porto Alegre. Com o slogan "O Gigante da Cidade", a empresa Taba Cine-Teatros apresentava a nova sala como a melhor do Brasil.
Pela propaganda, o cinema tinha ar-condicionado; poltronas estofadas e numeradas; revestimento para melhorar a acústica e quatro bilheterias. A sala comportava 1,7 mil pessoas na parte inferior e 700 no mezanino. Na sessão Cinematográfica do Jornal do Dia, Humberto Didonet elogiou o "bom espaçamento entre as filas, de maneira, a se poder abolir o péssimo costume de as pessoas se levantarem para dar passagem a uns ... e barrar a visão de outros".
Uma moderna confeitaria atendia no primeiro andar. Na sala de projeção dos filmes, dois índios foram pintados por Glauco Rodrigues nas paredes laterais. O cinema era equipado com três projetores.
Em 31 de agosto de 1957, uma noite de sábado, convidados participaram de coquetel e sessão especial no Cine Cacique. A produtora Leopoldis-Som gravou imagens para o cinejornal Atualidades Gaúchas. No filme, sem som, podemos ver como era a fachada e o interior do cinema.
A abertura do Cine Cacique ao público ocorreu em 2 de setembro de 1957. A sala recebia cinco sessões diárias, a partir das 14h. O filme de estreia foi O Rei Vagabundo, dirigido por Michael Curtiz.
No livro The End - Cinemas de Calçada em Porto Alegre, o jornalista Cristiano Zanella recorda que, em 1970, a Taba Cine-Teatros transformou o mezanino e a confeitaria no cinema Scala. Cine Cacique, com 1.222 lugares, e Scala, com 568, fecharam em 1994.
O térreo do Edifício Cacique, onde ficavam os cinemas, é ocupado por supermercado do Grupo Zaffari desde 2016.