Quem viveu os tempos áureos das bandas marciais nas escolas só tem boas recordações. Apresentações, viagens, companheirismo e popularidade entre os colegas. Com frequência, ouço relatos recheados de saudosismo. Muitas ficaram apenas na memória, mas outras ainda estão em atividade. É o caso da multicampeã Banda Marcial São João.
Em 4 de outubro de 1960, foi fundada pelos irmãos lassalistas Otto Follmann e Eugênio Fossá. Ela foi a banda do Colégio La Salle São João até dezembro de 2019. Agora, é mantida pela Associação dos Componentes da Banda Marcial São João, com apoio cultural da Sogipa, onde realiza os ensaios. São 40 integrantes, todos voluntários.
Orgulhosos, levam o legado de Banda de Ouro e Banda Marcial Hors Concours do Rio Grande do Sul, multicampeã estadual e metropolitana. As maiores conquistas foram como bicampeã de bandas do Brasil, em São Paulo, em 1976 e 1978, com o maestro Manoel Luiz Mota Dias, que formou gerações de músicos.
Atualmente, formada por adultos, faz apresentações como banda marcial e orquestra de metais, sob regência do maestro Renato Dall Ago. Parte dos integrantes está na banda desde a época de escola. Os mais antigos entraram ainda na década de 1980. A gurizada cresceu e continua carregando este legado. Desde 2006, quando ganhou o título Hors Concours, a Banda Marcial São João não participa de campeonatos.
As bandas foram mais comuns nas escolas até a década de 1990, de acordo com o presidente da Federação de Bandas e Fanfarras do Rio Grande do Sul (Febargs), Marcelo Araújo. A entidade tem aproximadamente 40 bandas ativas, que participam dos eventos.
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