O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi entrevistado no Timeline, da Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (24), sobre as cobranças que tem recebido acerca de uma necessidade maior de estar presente no Rio Grande do Sul. Segundo o parlamentar, a sua função seria estar em Brasília para ajudar o Estado a arrecadar recursos para combater os danos da tragédia, e não estar no local durante as enchentes.
— Vamos lembrar que eu sou um homem de 70 anos. Quantos homens de 70 anos estão aí, no meio da água? — declarou Mourão.
O senador afirma que esteve no Rio Grande do Sul entre os dias 1º e 5 de maio, quando voltou para Brasília via Florianópolis.
— No dia 6, o senador Rodrigo Pacheco (presidente do Legislativo), decidiu, então, criar uma comissão externa para acompanhar a situação do Estado. Nós fizemos a primeira reunião no dia 7, à noite, e no dia 9 eu apresentei o plano de trabalho. No dia 16, nós tínhamos a previsão de vir aqui, mas como o presidente Lula veio, nós tivemos, obviamente, que mudar a data. Ontem, a comissão esteve aí na Grande Porto Alegre, para a sua primeira agenda externa. Estamos trabalhando em cima de legislação, de agilizar a entrega de recursos, convencer os nossos irmãos parlamentares de destinar emendas que eram para os seus Estados para o Rio Grande do Sul — declarou Mourão.
Mourão também afirmou que mandou carretas de doação para o Rio Grande do Sul, mas que não gosta de fazer "exploração política" das entregas de donativos.
— Eu vejo, muitas vezes, a presença de "ah, vu carregar um saco de ração, vou carregar uma doação", isso acaba gerando uma visão de exploração política da tragédia das pessoas. Então, pela minha maneira de ser, eu sou uma pessoa mais discreta nessa coisa. Já mandei inúmeras carretas de doação sem falar nada, não compete a mim estar falando nisso, eu não vejo dessa forma — declarou.
O senador Paulo Paim (PT-RS) também foi entrevistado no programa.