O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quarta-feira (30) que não vê problemas nos recentes votos dados pelo mais novo ministro do STF, Cristiano Zanin. Os posicionamentos de Zanin foram alvo de aliados de Lula e grupos ligados à esquerda recentemente, por apontarem um posicionamento mais conservador do que progressista. Entre eles, o voto contra a equiparação de ofensas à população LGBT+ ao crime de injúria racial e o voto contra a descriminalização da maconha para uso pessoal.
Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Dino lembrou que a indicação de Zanin foi assinada pelo presidente Lula, mas também por ele próprio, no Diário Oficial.
— Embaixo do nome do presidente da República, tem o meu nome. E eu assinaria de novo. Com o tempo ele irá mostrar as virtudes que tem. Eu, particularmente, creio que o presidente fez uma boa escolha — disse à Rádio Gaúcha.
Dino citou outro voto de Zanin que gerou críticas de movimentos sociais, o relacionado ao reconhecimento da Guarda Municipal como órgão de segurança pública. Para o ministro, Zanin votou acertadamente, desempatando a questão para legitimar os poderes da Guarda para este fim.
— A questão da Guarda Municipal como órgão de Segurança Pública. Isso já está na lei. Então por que o ministro Zanin errou? Não. Ele aplicou a lei— pontuou.
Na prática, reconhecer tais poderes da Guarda Municipal significa dizer que agentes podem fazer abordagens e revistas em lugares suspeitos de tráfico de drogas, por exemplo. Os movimentos sociais e grupos ligados à esquerda se posicionam de forma contrária.
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