A bolsa de apostas em Brasília já não se divide mais sobre se irá cair ou não o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna. Há certeza por parte dos aliados do presidente Jair Bolsonaro. A questão agora é quando a mudança deverá se concretizar.
Como revelou a jornalista Andréia Sadi, colunista da TV Globo e do portal G1, Bolsonaro e a ala militar mais próxima ao presidente traçou uma estratégia para tentar forçar que o próprio general pedisse sua demissão. Isso porque caso a ordem viesse de Bolsonaro representaria um sinal ruim para o mercado, com a interpretação de que é a política quem dá as cartas — o que, aliás, não é novidade para quem acompanha o tabuleiro.
O fato é que desde a campanha Bolsonaro havia dito que não haveria interferência na política de preços da estatal, mas a irritação com o aumento — Bolsonaro chegou a dizer que não houve "sensibilidade" da companhia — vai justamente na direção contrária.
Quem acompanha o jogo de perto diz que Luna não deixará o posto, a despeito de toda a pressão política e militar. Só sairá se o movimento partir de Bolsonaro, portanto.
No jornal o Globo, a colunista Malu Gaspar contou a mágica que deverá ser protagonizada pelo Palácio do Planalto para conseguir tirar Silva e Luna da jogada. A ideia seria simplesmente retirar o nome de Silva e Luna da lista de nomes enviados para compor o conselho da empresa, a partir de assembléia de acionistas marcada para 13 de abril.
A estratégia tem razão de ser. Isso porque o estatuto da Petrobras estipula que o presidente tem que ser conselheiro. Assim, Luna estaria automaticamente destituído.
Também não há dúvidas sobre quem será o substituto: Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.