O uso do aplicativo Telegram como ferramenta de disseminação de conteúdos políticos é o tema do episódio do podcast "Descomplica, Kelly" nesta terça-feira (22).
A decisão pela suspensão do app, que acabou sendo revertida no domingo pelo ministro Alexandre de Moraes (STF e TSE), provocou reações indignadas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e do próprio chefe do Executivo, que sabe da importância do instrumento para sua estratégia de busca da reeleição.
O convidado do podcast é o jornalista, coordenador executivo do MBA de Comunicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e colunista da Revista Veja e do portal Poder360, Thomas Traumann.
Ele explica que os canais do Telegram funcionam, para o caso de apoiadores do presidente, em especial, como uma espécie de prateleira do supermercado. A metáfora é simples: é ali que eles se abastecem de dados, vídeos, narrativas que posteriormente são replicados em outras redes, inclusive pelo WhatsApp.
Ouça o episódio:
Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
— É perseguição implacável para cima de mim — declarou o chefe do Executivo sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal.
E ainda há um ponto curioso a ser observado. A suspensão do Telegram no Brasil (revogada depos) impulsionou os perfis da família Bolsonaro no aplicativo, mostrou um levantamento do Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia, realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a pedido do jornal O Estado de São Paulo.