No episódio desta terça-feira (1º), o podcast "Descomplica, Kelly" recebe a delegada à frente da Delegacia de Combate à Intolerância, Andrea Mattos. A intenção é entender como a polícia vem lidando com o crescente número de ataques de ódio, incluindo racismo, homofobia e apologia ao nazismo, em especial na internet.
Na última semana, a polícia do Rio de Janeiro identificou o autor de ameaças e insultos contra o ator Douglas Silva (e outros participantes do BBB): Aristides Braga. Esse mesmo homem já havia aparecido em uma reportagem especial do programa Fantástico, da TV Globo, sobre integrantes de grupos neonazistas.
- O perfil, de uma forma geral, são jovens, que não tem uma vida social ativa e que se desnudam nas redes sociais. Tem jovens de até 13, de 14 anos. Eles têm grupos de WhatsApp e outras plataformas, que muitas vezes por não terem sequer sede no Brasil acaba dificultando. Eles são movidos pelo mesmo ideal, opiniões extremistas, racistas, misóginas, homofóbicas, anti-semitistas - contou a delegada ao podcast "Descomplica, Kelly".
Para Andrea, há falhas tanto por parte das redes sociais, quanto por parte da legislação, que não prevê penas duras a este tipo de ataque.
- As redes sociais de certa forma favorecem esse tipo de posição (de ódio). Além disso, a gente tem uma legislação muito branda, ainda. O próprio crime de racismo tem uma penalidade muito baixa. Dificilmente, alguém é preso por racismo - completa.
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