A esperança sobre a chegada de vacinas contra o coronavírus aumentou após a consolidação da produção do imunizante no Instituto Butantan, em São Paulo. À coluna, o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou nesta quarta-feira (24) perspectiva para uma remessa de até 700 mil, podendo chegar a 800 mil doses, entre o final de março e início de abril.
Isso seria possível, segundo o governador e a secretária de Saúde, Arita Bergmann, a partir da projeção feita pelo Butantan de entrega de 10,8 milhões de doses da Coronavac nos próximos dias — neste caso, é importante ressaltar que a quantidade é dividida pelo Ministério da Saúde entre todos os Estados.
De Brasília, o titular da Secretaria de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, confirmou à secretária Arita Bergmann que entre hoje (quarta) e amanhã novas doses serão enviadas aos Estados.
Soma-se a esse volume a previsão de entrega de outros dois milhões de doses da vacina de Oxford que seriam produzidos pela Fiocruz, em solo brasileiro. E ainda haveria o envio das doses adquiridas a partir do consórcio Covax Facility, celebradas no fim de semana pelo governo federal.
Esses números se referem a distribuição de doses em nível nacional. E como é possível calcular quanto virá para o Rio Grande do Sul? Normalmente, cabe ao Estado um percentual em torno de 6% do volume que o país dispõe. Nesse sentido, calculou a secretária Arita, seriam remetidas entre 700 mil e 800 mil doses para a imunização dos gaúchos.
Leite, que não participa da reunião de hoje entre Bolsonaro e alguns governadores, ressaltou à coluna, contudo, cautela quanto às previsões, em especial por conta de projeções que foram reduzidas pelo Ministério da Saúde em mais de uma oportunidade. Vale lembrar que nesta terça-feira (23) a pasta divulgou novo cronograma de entrega de doses com redução de 10 milhões no total de imunizantes previstos para o mês de abril.
Ontem, em pronunciamento nacional em rádio e televisão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que 2021 será "o ano da vacinação" no Brasil.