O governador do Estado, Eduardo Leite, delegou à secretária de Relações Federativas, Ana Amélia Lemos, a articulação com deputados gaúchos sobre a votação do veto que permite reajuste a algumas categorias do funcionalismo público durante a pandemia. A ex-senadora, que está sediada em Brasília, está repassando aos parlamentares da bancada do Rio Grande do Sul mensagem do governador:
"As contas públicas da União, dos estados e municípios estão no limite da capacidade para suportar despesas. Espero que os deputados federais compreendam a realidade e, com responsabilidade, mantenham o veto do presidente a reajustes de servidores públicos até o fim de 2021".
A votação em que houve a derrubada do veto do presidente ocorreu nesta quarta-feira, no Senado. O movimento permite reajuste salarial para servidores da segurança pública, da saúde e da educação até o fim de 2021. A proposta havia sido aprovada pelo Congresso dentro do socorro financeiro a Estados e municípios, mas acabou barrada pelo Palácio do Planalto.
O Ministério da Economia calcula que, se confirmada pelos deputados federais, a derrubada do veto presidencial ao reajuste compromete uma economia fiscal entre R$ 121 bilhões e R$ 132 bilhões.
- Servidores do setor público não tiveram prejuízo, houve queda na arrecadação. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade - avalia Ana Amélia Lemos.
A experiente ex-senadora não quis opinar, no entanto, sobre o que pode acontecer durante a votação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira.
Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto integrantes do governo, estão pedindo para que os governadores entrem em campo para que o veto seja mantido. Se for derrubado, os Estados e municípios também ficariam aptos a conceder reajustes salariais às categorias relacionadas.