Integrante da Comissão Externa da Câmara que acompanha as medidas de combate ao coronavírus, o deputado gaúcho Pedro Westphalen (PP) esteve no Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produção de vacinas contra o coronavírus no Brasil.
Conforme anunciado pela instituição, a Fiocruz fechou acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para compra de lotes e transferência de tecnologia da vacina para covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, uma das mais promissoras em desenvolvimento no mundo. A instituição precisa de cerca de R$ 2 bilhões para começar a produção em dezembro.
Os integrantes da comissão estiveram no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (conhecido como Bio-Manguinhos), no Rio, nesta terça-feira (28).
Westphalen, que é medico e deputado federal, disse ter sentido como se voltasse no tempo, a partir da emoção e da esperança ao se deparar com o trabalho produzido por pesquisadores para a produção da vacina. Especialistas e autoridades acreditam que somente após a certificação e aplicação das vacinas contra a covid-19 será possível promover a retomada com segurença das atividades, da forma como eram realizadas antes da pandemia.
Em conversa transmitida durante o programa Gaúcha Mais, Westphalen afirmou que o sentimento fora semelhante ao que vivenciou quando realizou, como médico, seu primeiro transplante de rim:
- Quando peguei o pequeno frasco que terá cinco doses da vacina contra o coronavírus ,senti a mesma emoção de quando em 1984 fiz meu primeiro transplante de rim num homem do campo e vi que havia salvo uma vida. Muita emoção e esperança - afirmou.
Conforme informações divulgadas pela Agência Câmara, quinze deputados estiveram no Centro Henrique Penna (CHP), que produz insumos para diagnósticos e remédios para doenças degenerativas como a artrite reumatoide. Também conheceram o Departamento de Processamento Final (DEPFI), setor onde as vacinas são transferidas para os frascos e onde acontecem a rotulagem e a embalagem, além da Central Analítica da Fiocruz, que será inaugurada no início de agosto.
Ministério da Saúde
Em entrevista coletiva no último dia 27, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco Filho, e o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, anunciaram parceria que permitirá aos brasileiros contar com uma vacina contra a covid-19, após confirmação da eficácia do material - hoje em fase de testes. O prognóstico é de que dois lotes estejam disponíveis nos próximos meses: o primeiro em dezembro de 2020 e, o segundo, em janeiro de 2021.