O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, conversou com a equipe de LIVE GZH nesta quinta-feira (30) e elencou alguns dos principais erros que podem ser cometidos por brasileiros que fazem com que o sistema do governo federal (Cadastro Único, Dataprev, ministério da Cidadania) identifique inconsistência e, por isso, não libere o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, instituído pelo governo para auxiliar famílias durante a pandemia do novo coronavírus.
A coluna listou alguns, a partir da fala do ministro que chefia a pasta responsável pelo auxílio:
- Duplicidade: "Um exemplo prático. A gente vivenciou uma pessoa que cadastrou, o chefe da família, um homem, cadastrou seu CPF, a sua esposa e o seu filho. Aí sua esposa fez o mesmo cadastro: ela, o marido e o filho. Então, nós precisamos ter a definição por parte desta família sobre para qual CPF vai. Essa é uma das dificuldades. Eles têm direito. Mas como tentaram de duas formas diferentes, dá como inconclusivo. Um exemplo prático: lá no cadastro tem mãe, pai, mais filhos. Aí, num outro dia a pessoa cadastra como outra composição, pai, mãe e filho. Eles tentaram de duas formas diferentes. Então ele vai ter que entrar lá e dizer o pai é o João, a esposa é a Maria e o filho é o Pedro.".
Explicação do ministro Onyx: "Quando entra o CPF do requerente (esposa, por exemplo), entra o CPF da família inteira. Entra o requerente, mais esposa, filhos. E a gente precisa fazer o cruzamento dos dados".
- Nome dos familiares x CPF: "A pessoa colocou um nome do marido, ou do filho, ou da mulher, diferente daquele que está no CPF. Isso também é um problema. O aplicativo vai dizer que há um erro e sugerir que refaça o cadastro. Tem gente que erra o nome. É Maria Silveira Pereira e coloca só Maria Pereira. Aí o sistema não reconhece".
- Dados e números: "Quando a pessoa errou o número do CPF do filho, errou o CPF da mulher". Ou seja, é preciso conferir e reconferir os dados próprios, mas também dos seus familiares.
- Pessoas que já recebem algum tipo de auxílio ou programa do governo:"Quem recebe algum benefício do governo, tirando o Bolsa Família, não tem direito. Quem recebe o BPC, por exemplo, não tem direito. O filho que recebe BPC (menor de idade) sai no CPF da mãe. Então a mãe não é elegível, conforme a lei. Da mesma maneira: seguro desemprego, auxílio-doença, aposentadoria. E isso não quer dizer que a pessoa não tenha dificuldade, ela tem".
O ministro pediu desculpas para as pessoas que não tiveram o benefício ainda liberado: "Peço desculpas a esta pessoas. Nós completamos a análise até o dia 22 de abril (número atualizado até 26/04). Todos os dados foram transferidos para a Caixa que irá colocar no sistema (no aplicativo). Então essas pessoas terão a informação no aplicativo, explicando o que está errado. Nós temos 32 milhões de brasileiros que tentaram e sabiam que não podiam, como falamos aí no Sul "a tenteada é livre". A grande maioria sabia da sua inelegibilidade (não tinha direito, conforme a lei) e tentou. Essa foi uma das dificuldades. Uma vez que a pessoa colocou seu CPF, nós somos obrigados a checar".