Na entrevista exclusiva que concedeu ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (3) o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, comentou a crise que gerou a demissão de seu secretário-executivo e provocou também um esvaziamento das atribuições da pasta. O impasse envolvendo a utilização de uma aeronave da FAB, enquanto Onyx estava em férias, levou Jair Bolsonaro a demitir o agora ex-número 2 da Casa Civil, Vicente Santini, que chegou a ser "readmitido". No entanto, a nomeação foi tornada "sem efeito" pelo presidente.
Questionado sobre se havia sido vítima de "fogo amigo", por parte de integrantes do próprio governo, Onyx foi cauteloso. Ele disse que sabe que enquanto ministro da Casa Civil precisa dizer "não" e que isso pode gerar descontentamentos na equipe de ministros. A jornalista Carolina Bahia quis saber se alguém havia puxado o tapete de Onyx. Ele respondeu:
— A função da Casa Civil é de proteção absoluta do presidente. Muitas vezes quem tem que dizer 'não' sou eu. As pessoas não gostam de ser contrariadas. Tem momentos que as pessoas não gostam do 'não' que eu digo. Cada vez que eu digo não tenho certeza que alguém não gosta — explicou.
A entrevista completa pode ser conferida em GaúchaZH.
No sábado, Onyx Lorenzoni esteve reunido com Jair Bolsonaro por mais de duas horas no Palácio da Alvorada, em Brasília. O presidente teria dito ao ministro gaúcho que jamais imaginou tirá-lo da Casa Civil.