De São Paulo, o governador Eduardo Leite afirmou que recebeu com surpresa a notícia de que o PSL estaria saindo da base aliada. A informação foi divulgação em nota assinada pelo presidente do PSL no Rio Grande do Sul, Nereu Crispim.
— Tomou a todos nós e aos próprios deputados estaduais do PSL de surpresa essa nota. Os deputados estaduais do partido têm colaborado com o Estado e com o governo dentro da Assembleia e na Secretaria que ocupam. E confiamos na manutenção dessa colaboração com o futuro do nosso Rio Grande — afirmou Leite à coluna.
O PSL elegeu quatro deputados: Ruy Irigaray, Luciano Zucco, Capitão Macedo e Vilmar Lourenço. A convite do governador, Irigaray assumiu em março a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo e, assim, o partido entrou para a base. Agora, a bancada é composta por três parlamentares na Assembleia Legislativa.
Zucco, que é líder da bancada no legislativo estadual, disse que não foi comunicado sobre a decisão de Crispim, assim como afirmou Irigaray. Nos bastidores, a informação é de que deputados do PSL já procuraram o governo para reafirmar o compromisso da bancada com a base.
Para justificar a saída, Crispim apontou ser contrário aos projetos que alteram carreiras do funcionalismo público estadual, em especial as mudanças que atingem professores e policiais. Estaria alicerçada na crença do partido de que educação e segurança pública foram compromissos assumidos pelo partido durante a campanha eleitoral e, sendo assim, não é possível apoiar as propostas encaminhadas pelo Executivo à Assembleia.
Zucco e outros parlamentares não são integralmente favoráveis às propostas de Leite. Eles afirmam que é necessário realizar mudanças nos textos para aprová-los na Assembleia.