Uma exposição que traz críticas a Israel e sugere boicote ao país está gerando uma série de críticas por parte da bancada do Partido Novo, na Assembleia Legislativa. Na mostra, foram pendurados quadros com fotos e declarações de personalidades mundiais com mensagens que propõem bloqueio ao país e, na avaliação dos parlamentares, promovem "intolerância política e religiosa". À coluna, o deputado Fábio Ostermann (Novo) repudiou o conteúdo da mostra:
— Com uma série de ataques rasos, os painéis apenas incentivam o ódio e o racismo, duas coisas que devem ser abominadas em qualquer democracia. Essa exposição é um desserviço para a resolução dos históricos conflitos no Oriente Médio. Recheada de ataques rasos, panfletários e mentirosos sobre a história e o presente do Estado de Israel é de se lamentar que um representante do povo gaúcho desmereça seu mandato com tal baixo nível de propaganda —afirmou.
Inaugurada na segunda-feira (25), a exposição Palestina: da Limpeza Étnica à Resistência e Reconhecimento Internacional chegou a motivas uma nota de repúdio da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs).
Ostermann também citou nominalmente o deputado Mainardi (PT) que é o responsável por levar a mostra ao parlamento gaúcho. A exposição foi promovida pelo deputado em parceria com a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e com o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino. Na tribuna, o deputado do partido Novo justificou a posição da bancada.
— Israel é a única democracia de todo o Oriente Médio, é um oásis de liberdades individuais, econômicas e civis, e é um país onde existem mais de 400 mesquitas. Em Israel, o terceiro maior bloco do Parlamento é formado por árabes. Quantos partidos políticos judaicos existem no Mundo Árabe? Essas ditaduras autoritárias e, em alguns casos, totalitárias não reconhecem sequer a existência do Estado de Israel e defendem abertamente a sua extinção — completou.
Procurada pela coluna, a equipe do deputado Luiz Fernando Mainardi explicou que a exposição é organizada pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e o deputado apenas viabilizou o espaço. O gabinete ainda destaca que a exposição é uma critica contundente à política do Estado de Israel, mas não possui conteúdo religioso.