A ex-presidente Dilma Rousseff recebeu na manhã desta terça-feira (5) a visita da Polícia Federal em seu apartamento, localizado na zona sul de Porto Alegre. Dilma não é investigada e nem foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas recebeu por parte da PF uma intimação para prestar depoimento no caso que apura repasses de R$ 40 milhões da JBS a políticos do MDB. A ação, confirmada pela coluna, faz parte de operação deflagrada por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme a coluna apurou, Dilma estava tranquila quanto ao processo. A defesa também demonstrou serenidade pelo fato de ela não ser sequer investigada no inquérito. O depoimento da ex-presidente ficou, então, agendado para o final do mês de novembro.
Na ação deflagrada nesta terça, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (AM), líder do MDB, e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), também receberam intimação para depor. Os repasses apurados pela PF teriam sido realizados na campanha eleitoral em 2014.
A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão e medidas de sequestro de bens em investigação contra integrantes do Congresso. Os detalhes da operação não foram divulgados, pois a investigação tramita em sigilo.
A assessoria de Renan Calheiros disse à agência Folhapress que, às 7h32min desta terça, ele recebeu um delegado da Polícia Federal em sua residência para entregar intimação de depoimento e que "o senador afirmou que está à disposição e que é o maior interessado no esclarecimento dos fatos".
No inquérito sobre o caso, também são investigados os senadores Jader Barbalho (MDB-PA) e Dário Berger (MDB-SC), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), os ex-senadores Eunício Oliveira (MDB-CE) e Valdir Raupp (MDB-RO) e o ex-ministro Guido Mantega.