A polêmica que cercou o voto da deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) a favor da reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, segue gerando debates entre grupos da esquerda na internet. O ponto desta vez se refere a um "machismo" implícito, segundo Tabata, nos comentários que a criticam por ter se posicionado a favor da mudança nas regras para a aposentadoria defendidas pelo governo de Jair Bolsonaro, contrariando a orientação partidária.
Nas redes sociais, Tabata declarou-se decepcionada pelo fato de a crítica a ela ter vindo de uma parlamentar exposta a críticas por ser "jovem e mulher". Ela se referia à colega Sâmia Bomfim, do PSOL. Conforme a explicação reiterada por Tabata, seu voto ocorreu por "convicção" e não foi influenciado por interesse de grupos dos quais ela participa. A deputada do PDT acrescentou ainda que a esquerda erra ao se negar a enfrentar a realidade.
Em GauchaZH, a colunista Claudia Laitano já havia levantado um debate sobre o tema. Para Laitano, o fato de Tabata ser uma "mulher jovem", perfil raro na política brasileira, influenciou a reação contra ela nas redes sociais.
As feministas, no entanto, não reagiram bem à explicação de Tabata do Amaral. Uma série de comentários trouxe críticas à deputado federal pelo fato de ela ter usado a condição de mulher e jovem como o real motivo para ter sido criticada. Em parte dos comentários, internautas acusaram a deputada de usar o discurso de "mulher" e "jovem" somente em ocasiões que lhe eram convenientes.