As rusgas internas do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, seguem a todo vapor. Recentemente, a direção do partido decidiu expulsar o deputado federal Alexandre Frota, por posturas críticas ao governo e que culminaram com uma abstenção na votação, em segundo turno, da proposta de Reforma da Previdência na Câmara. O imbróglio desta vez chegou ao deputado federal gaúcho, Bibo Nunes, que nunca escondeu sua insatisfação com o comando da legenda, hoje presidida pelo deputado Luciano Bivar.
Por conta da troca de farpas, Bibo foi expulso do grupo de WhatsApp nominado “Bancada PSL 2019”. À coluna, Bibo criticou a forma como foi excluído do grupo de parlamentares no aplicativo de mensagens. E disparou contra Bivar e o comando do PSL:
— Coronelismo infantil. Estamos em briga há tempo. Eu defendo abertamente Bolsonaro com seu grupo para comandar o PSL. E isso irrita eles — disparou.
Expulsão de Frota
Bibo Nunes (PSL-RS) já havia criticado a direção do PSL por não ter permitido que houvesse defesa ou explicações da parte de Alexandre Frota antes da decisão por expulsá-lo. A expulsão ocorreu por infidelidade partidária, após ataques e críticas dirigidas ao presidente, além da abstenção na votação do segundo turno da Reforma da Previdência.
Para Bibo Nunes, o partido deveria ter dado a Frota a chance de apresentar suas explicações. Ele afirmou que o presidente da legenda "Luciano Biver" pensa que é o "dono do partido".
— Foi um julgamento sumário, um processo kafkiano. Acho que ele (Frota) deveria pelo menos ter sido ouvido. O problema é que a executiva, ou melhor, o partido tem dono hoje. O dono é o Bivar — afirmou, acrescentando que vai entrar com processo no Conselho de Ética do PSL contra Bivar por ofensas que foram dirigidas a ele.