Parlamentares do Partido dos Trabalhadores têm se manifestado com posição contrária à decisão do presidente Jair Bolsonaro de reconhecer o líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como o novo presidente do país vizinho. Entre eles, a deputada federal gaúcha reeleita Maria do Rosário (PT-RS).
Em mensagem publicada nas redes sociais, ela classificou como "tentativa de golpe" a iniciativa do líder do Parlamento, Juan Guaidó, de se autoproclamar presidente interino.
A deputada gaúcha disse que o Brasil "renega" sua história pela "autodeterminação dos povos" ao apoiar o ato de Guaidó e avaliou que há intenção dos Estados Unidos por "petróleo" e "poder", por trás da decisão norte-americana de reconhecimento do líder do Parlamento como presidente. Rosário falou ainda em "submissão" aos Estados Unidos, ao referir-se à decisão do presidente Jair Bolsonaro, comunicada nesta terça.
"Só há legitimidade na democracia e nos direitos humanos. Nenhum golpe os constrói. E não é por eles que o Brasil renega sua história pela autodeterminação dos povos ao apoiar tentativa de golpe na Venezuela. É para seguir submisso aos EUA que quer petróleo, poder e controle geo-regional", escreveu.
Nesta quarta-feira (23), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), também já havia criticado a postura do presidente brasileiro. Recentemente, Gleisi esteve na Venezuela para participar da posse de Nicolás Maduro.
Em Brasília, Gleisi cobrou "respeito à soberania dos povos" e disse que o Brasil sempre atuou como "mediador" em conflitos como este. A senadora afirmou que, ao reconhecer Guaidó como presidente interino, o Brasil está se colocando em uma "aventura" cujo final é desconhecido.