Treze pessoas morreram na Venezuela nas últimas 24 horas em protestos contra o presidente Nicolás Maduro, informou a ONG Observatório Venezuelano da Conflitividade Social (OVCS). As mortes, a maioria por armas de fogo, ocorreram em Caracas e nos estados de Táchira, Barinas, Portuguesa, Amazonas e Bolívar, na fronteira com o Brasil.
Os distúrbios mais violentos ocorreram na noite de terça-feira (22), em Caracas e Bolívar, e prosseguiram na quarta-feira (23) em outras regiões do país, em um dia de manifestações de opositores e chavistas.
A polícia de choque enfrentou um grupo de manifestantes em um bairro do leste de Caracas, após uma passeata na qual o líder do Parlamento, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela.
Os choques começaram quando dezenas de jovens, alguns encapuzados, bloquearam uma importante avenida no bairro de Altamira, e a polícia de choque utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.
Em Bolívar, uma estátua do ex-presidente Hugo Chávez foi queimada por dezenas de manifestantes na cidade de San Félix, por volta da meia-noite de terça.
Os protestos desta quarta-feira, que deixaram cerca de 20 detidos, foram a primeira grande queda de braço entre Maduro e a oposição nas ruas, após as manifestações que deixaram 125 mortos entre abril e julho de 2017.