O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., não foi apenas favorável à instalação de um banner publicitário de 30 metros de altura na chaminé da Usina do Gasômetro. Ao saber da faixa, Marchezan chegou a sugerir que houvesse um planejamento para utilização de mais espaços como esse, em benefício da cidade e da população da Capital.
— Eu reclamei com o secretário Luciano (Alabarse) que ele não colocou mais coisas, em todos os monumentos e patrimônios históricos em troca de benefícios para a cidade — disse, em referência à contrapartida para realização da festa de Réveillon da Orla, sem a utilização de qualquer recurso público, ou seja financiada exclusivamente pela iniciativa privada.
A decisão sobre a colocação da faixa, no entanto, não passou por Marchezan, nem pelo vice Gustavo Paim. Partiu da área coordenada pelo secretário municipal da Cultura, Luciano Alabarse, que recebeu do prefeito a missão de organizar uma festa de Ano Novo, há cerca de 45 dias. Fazia dois anos que a cidade não contava com festa de réveillon. Em outros anos, o Executivo optou por gastar recursos públicos para fazê-la. A gestão de Marchezan tem optado por parcerias junto à iniciativa privada, diante da severa crise nas finanças municipais.
Casa Maria
A avaliação do prefeito sobre os benefícios à cidade faz referência à empresa Casa Maria Bazar e Utilidades, que estampa o banner e é uma das patrocinadoras do Réveillon da Orla do Guaíba. De acordo com a prefeitura, a empresa foi quem ofereceu os fogos de artifício - em um investimento aproximado de R$ 200 mil. Os fogos não serão sonoros, e sim visuais, em respeito a enfermos, idosos, autistas e também a animais de estimação.
Em nota, a prefeitura informou que a única contrapartida solicitada pela empresa foi a colocação do banner na chaminé da Usina do Gasômetro.
"Não há qualquer prejuízo à estrutura da edificação", diz a nota emitida.
O prefeito Marchezan também se manifestou sobre o assunto em suas redes sociais: