Oito deputados federais do Rio Grande do Sul integram a Frente Parlamentar Evangélica, que divulgou manifesto em que defende o fim da ideologia de gênero nas escolas. O grupo, do qual o presidente eleito Jair Bolsonaro fez parte enquanto deputado federal, ganhou força na última eleição.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira (7) revela detalhes do manifesto da frente. Entre os principais pontos estão o combate ao “democratismo comunista” e à “ideologia de gênero” na escola, “punindo severamente todos que atentem contra a inocência infantil”. Lançado no último dia 24, o documento descreve propostas e prioridades da bancada para os próximos anos na Câmara e no Senado.
Os deputados gaúchos que integram a Frente Parlamentar Evangélica são: Alceu Moreira (MDB), Carlos Gomes (PRB), João Derly (Rede), José Stédile (PSB), Luis Carlos Heinze (PP), Osmar Terra (MDB), Pompeo de Mattos (PDT) e Ronaldo Nogueira (PTB). A lista completa está no portal da Câmara dos Deputados.
Além desses nomes, constam na lista outros dois políticos gaúchos que deixaram a Câmara: Luiz Carlos Busato (PTB), que se elegeu prefeito de Canoas, e José Fogaça (MDB) que ocupava vaga como suplente.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica é deputado federal pelo Paraná: Hidekazu Takayama (PSC-PR). Na semana passada, em entrevista a GaúchaZH, ele avaliou a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas. Para o presidente da frente, Bolsonaro foi praticamente unanimidade entre os evangélicos, por convergência de ideais.
Conforme a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o manifesto diz ainda que “a instrumentalização das escolas e universidades públicas a serviço de ideologias totalitárias e ditaduras comunistas envenenou a alma e o espírito das últimas gerações, e destruiu a qualidade de ensino”.
O documento faz críticas pesadas à chamada “ideologia de gênero”, que “desvia a escola das suas atribuições normais e investe na subversão de todos os valores e princípios da civilização”.