Melhorou com as recentes alterações na legislação eleitoral, mas a poluição visual persiste. Agora, ela ocorre na forma dos tais “wind banners”. Falando sério: alguém aí orienta o voto a partir disso?
As bandeirolas verticais em formato de vela de barco tomaram conta de canteiros e rótulas, substituindo formatos antigos (como os cavaletes e a pintura de muros, hoje proibidos).
Está certo que os novos recursos são móveis e, por lei, precisam sair de circulação entre as 22h e as 6h. Ainda assim, durante o dia, são uma mistureba visual sem sentido, especialmente nos locais de maior movimento, onde há dezenas de mastros juntos, muitos deles caídos e acavalados.
Veja a imagem acima, captada pelo fotojornalista André Ávila, de Zero Hora, no Parque da Redenção, na última segunda-feira (23). As “bandeiras de vento” não aguentaram o... vento! Pela norma, não poderiam prejudicar o trânsito de pedestres, mas ali estavam, estiradas na grama do parque, atravancando o caminho.
A propaganda política faz parte do processo democrático e é necessária para que as pessoas possam conhecer os nomes em disputa, mas há diferentes formas de fazer isso (pela TV, pelo rádio, pela internet).
Em Osório, no Litoral Norte, como mostrou o repórter Henrique Ternus, na coluna da Rosane de Oliveira, os candidatos firmaram um acordo: em um ato consciente, abriram mão de espalhar publicidade pelas ruas e de fazer carreatas (outra coisa incompreensível). Bem que podiam servir de exemplo.