Criações de grandes nomes da pintura nacional e internacional estão prestes a desembarcar em Porto Alegre. De Pierre-Auguste Renoir a Tarsila do Amaral, a Fundação Iberê, às margens do Guaíba, vai receber, no dia 18 de maio, uma exposição com 83 obras de um dos acervos particulares mais valiosos e admirados do país: a coleção de Luiz Carlos Ritter.
Nascido em Porto Alegre, o colecionador radicado no Rio de Janeiro é de uma conhecida família de cervejeiros. Em 1868, seu tataravô fundou a cervejaria Ritter, uma das marcas precursoras no Rio Grande do Sul.
Em 1924, a empresa se uniria à Bopp e à Sassen para fundar a Continental (a mais importante fábrica do ramo à época, no Estado), que mais tarde se fundiria à Brahma. Luiz Carlos chegou a atuar como diretor da marca (hoje AmBev), mas, desde os anos de 1980, tomou outro rumo: o das artes plásticas e do colecionismo.
Foi assim que, aos poucos, ao longo de quatro décadas, reuniu centenas de obras incríveis, que vão dos séculos 17 ao 21 — um arco temporal de 400 anos, com ênfase no modernismo.
Parte delas, com curadoria de Max Perlingeiro e curadoria-adjunta de Bruna Araújo, será exibida na Capital, abrindo uma janela de oportunidade não só para quem conhece o universo artístico mas também para quem nunca chegou perto de uma pintura famosa.
É o caso das telas Renoir, que poderão ser apreciadas pelos visitantes ao vivo e a cores, e de obras de Di Cavalcanti, Guignard e Portinari, entre tantos outros.
A mostra, que começa a ser montada na fundação nas próximas semanas, vai até 11 de agosto.