Localizado a 57 quilômetros de Porto Alegre, o Parque Estadual de Itapuã, que em 2023 completou cinco décadas, fechou o ano com 10.971 visitantes, entre pagantes e pessoas que participaram das atividades gratuitas de educação ambiental. O número representa um aumento de 35,1%.
Em 2022, quando ainda havia restrições devido à pandemia, foram 8.121 visitantes. O resultado, apesar das ressalvas na comparação e dos reflexos das mudanças climáticas (que atingiram em cheio o Rio Grande do Sul em 2023), é celebrado pela equipe.
— O número é surpreendente, porque tivemos um ano atípico em razão dos ciclones, das chuvas, das reviravoltas no tempo. Tivemos muitas dificuldades, com vários grupos de escola cancelados — diz a bióloga Dayse Rocha, diretora da unidade de conservação, ligada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura.
O desafio para 2024 é recuperar as áreas atingidas pelas intempéries e resolver um problema crônico com internet e telefone (fora do ar desde meados de 2023, o que dificulta o contato das pessoas). Devido aos estragos provocados pelas chuvaradas que inundaram a região no ano passado, a Praia das Pedreiras segue fechada.
— Seguimos na luta. Ainda estamos nos refazendo. A Praia da Pedreira fechou, porque a enchente levou tudo. Tivemos de refazer encanamento, caiu trapiche, caiu pontilhão. Esperamos poder reabrir em breve — afirma Dayse.
Itapuã
A palavra Itapuã, que dá nome ao parque, é de origem indígena guarani e significa algo como ponta de pedra, em alusão à geografia da região.
Preservação
O Parque Estadual de Itapuã destina-se à proteção de recursos naturais, em especial flora e fauna, e à proteção dos sítios de valor histórico e arqueológico existentes na região. É um conjunto de ambientes de morros, praias, dunas, lagoas e banhados em plena região metropolitana de Porto Alegre.
Entre as espécies da fauna preservada pelo parque, destacam-se o bugio-ruivo (Aloutatta guariba), ameaçado de extinção, a lontra (Lontra longicaudis), o gato-maracajá (Leopardus wiedii) e aves migratórias como o maçarico-acanelado (Tryngites subruficollis) e o suiriri (Tyrannus melancholicus).
Resquícios históricos
Existem elementos históricos que evidenciam fatos da Revolução Farroupilha (1835-1845) em pontos do parque, no Morro da Fortaleza, na Ilha do Junco e na Ferraria dos Farrapos.
Como conhecer
- É possível visitar o parque, fazer trilhas e curtir a Praia das Pombas.
- Todos os detalhes sobre a visitação podem ser acessados clicando neste site (www.sema.rs.gov.br/parque-estadual-de-itapua) ou por meio dos contatos abaixo.
- A forma mais fácil de contato é pelo WhatsApp (51) 9 8445-7745 (atendimento em horário comercial, de segunda-feira á sexta-feira, das 8h as 12h e das 13h até as 17h).
- E-mails para contato: peitapua@sema.rs.gov.br e cv-itapua@sema.rs.gov.br