Não é só o fogo e o churrasco que marcam os festejos farroupilhas: o velho e bom chimarrão também reina nos piquetes Rio Grande afora. O gosto pelo mate é ancestral e já chamava a atenção de europeus que visitavam a Província de São Pedro nos idos do século 19.
Foi o caso do botânico francês Auguste de Saint-Hilaire. Ele escreveu um curioso relato sobre o tema, em 1821, no livro "Viagem ao Rio Grande do Sul". Dá uma conferida:
“O uso dessa bebida é geral aqui: toma-se mate no instante em que se acorda e, depois, várias vezes durante o dia. A chaleira cheia de água quente está sempre ao fogo e, logo que um estranho entra na casa, oferecem-lhe mate imediatamente (...) Os verdadeiros apreciadores tomam-no sem açúcar, e então se obtém o chamado mate-chimarrão. A primeira vez que provei tal bebida, achei-a muito sem graça, mas cedo me acostumei a ela e, atualmente, tomo vários mates seguidamente com prazer, até mesmo sem açúcar.”
Que tal?