Eles fotografaram dezenas de mãos, de recém-nascidos a idosos. O resultado deu origem ao livro T E M P O - assim mesmo, em caixa alta e com espaços.
Na publicação (que também virou exposição), os arquitetos Ana e Airton Cattani, casados há 43 anos, apresentam 101 imagens em preto e branco, identificadas apenas com as iniciais e as idades das pessoas.
— As imagens convidam a refletir sobre nossa vida, a pensar na maneira como nossas mãos também podem nos representar e ser uma das características de nossa personalidade — diz Ana.
Além das marcas naturais dos anos que passam, indícios da passagem do tempo nas mãos podem ser percebidos em detalhes como pequenas vaidades (joias e tatuagens), cicatrizes, marcas acidentais ou intencionais e de trabalho mais ou menos duro. Todas as imagens foram captadas com as mesmas condições de luz, distância focal e sobre o mesmo fundo.
— Nas 101 fotos, é possível perceber as mudanças que o tempo produz em nossa pele, em nossa estrutura óssea e muscular — diz Airton, professor titular do Curso de Design da UFRGS.
O projeto será lançado nesta quinta-feira, 6 de outubro, às 17h30min, no Centro Cultural da UFRGS (Rua Luís Englert, nº 333), na Capital, e poderá ser visitado até o dia 28, com entrada franca.