Eles estão nas ruas, batendo palmas e campainhas, em um trabalho minucioso e nem sempre fácil. Em tempos de mentiras, nervos à flor da pele e teorias da conspiração, os pesquisadores do Censo 2022 estão preparados para encontrar - e demover - caras feias, desconfiança, resistência e mau humor, mas não sejamos essas pessoas.
Depois de dois anos de postergação, o levantamento do IBGE é fundamental para o Brasil. Responder de boa vontade - com clareza e precisão - todas as perguntas feitas pelos recenseadores tem consequências práticas em nosso dia a dia.
O censo ajuda, por exemplo, a definir qual é o valor recebido pelos governos estaduais e municipais na partilha dos impostos e quantos representantes cada Estado tem na Câmara e no Senado. É imprescindível, também, para embasar políticas públicas em áreas essenciais e melhora a credibilidade - mais do que arranhada - do país lá fora, inclusive junto a investidores estrangeiros.
Por fim (e não menos importante), receber bem recenseador é - no mínimo - uma questão de educação.