A jornalista Raíssa de Avila colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço
O surto de furtos de fios e cabos, principalmente de cobre, não prejudica apenas a iluminação pública das cidades, deixando ruas e parques às escuras. A Trensurb, que faz o transporte público sobre trilhos na Região Metropolitana, também vem enfrentando uma série de transtornos.
Nos últimos 12 meses, em cinco oportunidades os serviços foram interrompidos devido às ocorrências (veja quadro abaixo). Milhares de pessoas, que se atrasam ou perdem compromissos, são afetadas pela interrupção.
Na tentativa de minimizar o problema, a empresa iniciou em abril, quando já registrava 22 furtos de cabos no ano, a instalação de concertinas nos muros que separam os trilhos da rodovia. A contenção com os arames farpados, que já havia sido adotada anteriormente, agora é ampliada em pontos considerados críticos, definidos conforme avaliação da companhia. O objetivo, segundo a empresa, é evitar o acesso de pessoas não autorizadas à via.
Questionada sobre a extensão da instalação, a Trensurb informou que, por questões de segurança, não divulga a informação. No ano passado, foi estimado um prejuízo de R$ 1,4 milhão por conta do furto de cabos.
Em 2022, a soma chega a cerca de R$ 200 mil, sem falar nas dificuldades operacionais, que geram interrupções e alterações do serviço, como a restrição de velocidade. De janeiro até agora, foram 33 ocorrências de furto de cabos.
Nos dias 17 e 19 de maio deste ano foram registrados dois furtos consecutivos, mas os episódios não levaram à paralisação da operação.
Ocorrências que paralisaram o serviço
• 20/ 05/ 2021: Estação São Leopoldo, fechada por uma hora e 10 minutos
• 12/ 08/ 2021: trecho Novo Hamburgo/ Sapucaia, sem serviço por 34 minutos
• 13/ 10/ 2021: trecho Luiz Pasteur/ Sapucaia, sem serviço por uma hora e 25 minutos
• 04/ 11/ 2021: trecho Santo Afonso/ Novo Hamburgo, sem serviço por uma hora e 27 minutos
• 12/ 01/ 2022: trecho Sapucaia/ Novo Hamburgo, sem serviço por uma hora e 15 minutos