Tem novidade em andamento na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs), ligada à Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia. Nesta semana, um comitê formado por especialistas em diferentes áreas do conhecimento está avaliando os 20 projetos finalistas de uma iniciativa inédita em território gaúcho - chamada de Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas do RS (RITEs).
Maior programa em volume de financiamento da história da Fapergs, as RITEs vão injetar R$ 30 milhões do Avançar RS em ações capazes de solucionar desafios regionais estratégicos.
O objetivo, segundo o diretor técnico-científico da Fapergs, Rafael Roesler, é criar centros estaduais de excelência com atuação interdisciplinar, foco em inovação e potencial concreto de aplicação no desenvolvimento social e econômico do Estado. A ideia é aproximar jovens talentos da ciência gaúcha de líderes científicos reconhecidos, que serão responsáveis por coordenar as ações. Os centros funcionarão em universidades e atuarão lado a lado com empresas e parceiros nacionais e internacionais.
— O RS nunca teve um programa desse tipo, com essa envergadura. Para desenvolver a proposta, nos inspiramos em modelos de países como Dinamarca e Reino Unido. Queremos que esses centros entreguem resultados que a sociedade enxergue — diz Roesler.
Dos 20 finalistas (escolhidos entre cem inscritos), devem sair 10 selecionados. Nesta semana, os participantes fizeram a defesa oral dos projetos para uma banca examinadora formada por um “dream team” da pesquisa científica no RS - com nomes de instituições públicas, comunitárias e privadas de todas as regiões.
O anúncio dos vencedores ocorrerá nos próximos dias. Eles receberão cerca de R$ 2 milhões por proposta e terão até 48 meses para a execução.
A SABER
Os eixos prioritários dos novos centros de excelência incluirão áreas variadas, como agronegócio e agrotecnologia, ciência de dados e inteligência artificial, energias renováveis, recursos hídricos e gestão de riscos. A ideia é focar em tecnologias estratégicas envolvendo temas como biotecnologia, computação em nuvem, materiais avançados e internet das coisas.