Nesta quarta-feira (27), a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) anunciou o óbvio para a coluna. Não há mais como garantir que a nova ponte sobre o Rio Forqueta, que liga as cidades de Arroio do Meio e Lajeado pela RS-130, estará pronta até o fim do ano.
Agora, segundo a EGR, o prazo de término da reconstrução da estrutura, que foi levada pela força da água em maio, será anunciado somente quando forem concluídas as fundações e após a concretagem das lajes, das vigas e dos blocos de fundação. Somente após essas etapas, será possível avaliar alterações de prazo de conclusão da obra.
Ainda na quarta-feira, uma empresa começou a construir os novos acessos desta travessia. O contrato tem prazo de seis meses.
A ponte foi derrubada pela enchente em 2 de maio. Em junho, a empresa Engedal recebeu autorização para iniciar os trabalhos, que começaram pelo desenvolvimento do projeto da nova travessia.
O custo total da obra está estimado em R$ 14,05 milhões. A construção está sendo financiada com recursos próprios da EGR, arrecadados pelas praças de pedágio da empresa.
A nova ponte terá 172 metros de extensão, em comparação aos 124 metros da velha estrutura. Serão duas faixas no pavimento principal, com espaço reservado à travessia de pedestres e ciclistas, que ficarão cinco metros de altura acima do que era na ponte antiga. Segundo a EGR, cerca de 2,6 milhões de veículos, incluindo 613 mil caminhões e automóveis comerciais, cruzam o trecho anualmente.
Por causa da enchente, as ligações entre as cidades de Lajeado e Arroio do Meio foram prejudicadas. O Exército construiu uma ponte provisória no trecho de menor largura do Rio Forqueta. Porém, os acessos desta nova travessia apresentam buracos.
Com receio de que o governo demoraria para reconstruir a ponte, empresários chegaram a planejar executar o serviço por conta própria. A inspiração veio da ação desenvolvida pela Associação dos Amigos de Nova Roma do Sul, que arrecadou R$ 7 milhões e conseguiu reconstruir a ponte da cidade em apenas quatro meses.
O ritmo de recuperação das rodovias do Estado após os estragos causados pela enchente de maio é uma das áreas de monitoramento do Painel da Reconstrução, desenvolvido pelo Grupo RBS.