Atingida severamente pela enchente, a Trensurb vai demorar aproximadamente mais um ano e meio para oferecer condições oferecidas aos usuários antes de maio. A previsão é do diretor-presidente, Ernani Fagundes.
O principal desafio é religar as três subestações de energia que foram destruídas. Elas ficam localizadas na estação Farrapos, em Porto Alegre; e Fátima e São Luís, em Canoas.
Uma delas será religada em breve e irá permitir que os trens se desloquem entre as estações Canoas e Farrapos a partir de 20 de setembro. O intervalo das viagens seguirá mantida em 15 minutos, mesmo em horário de pico. Já as demais estações de Porto Alegre — Mercado, Rodoviária e São Pedro —, a Trensurb busca reabri-las em 24 de dezembro.
A partir da religação das subestações de energia os trens poderão circular com distâncias mais curtas. Porém, as viagens a cada 4 minutos - oferecidas nos horários de maior demanda - só serão acessíveis ao final da recuperação do sistema elétrico, que pode ocorrer nos primeiros meses de 2026.
Essa reconstrução pela qual a Trensurb irá passar vai custar R$ 400 milhões. Desse total, o governo federal já repassou R$ 164 milhões. A empresa também irá direcionar outros R$ 20 milhões, que tem do seu orçamento, para recuperar o sistema.
A maior parte desta verba - R$ 120 milhões, será usada nas subestações de energia. Os motores serão posicionados em áreas mais elevadas para impedir que uma nova cheia volte a danificar os equipamentos.
A casa de bombas localizada perto da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, em Porto Alegre, também necessitará de grande investimento. Ela foi destruída pela enchente.
Nesta região 600 metros de trilhos - 300 metros de cada lado da via - precisarão ser trocados integralmente. Para garantir a reconstrução completa, a Trensurb precisará de novos repasses do governo federal.