Quatro meses depois da enchente, a Trensurb abriu as portas das estações de Porto Alegre que mais foram afetadas. Durante a tarde de terça-feira (3), foi possível conferir como estão os trabalhos para retomadas das operações.
Na estação Mercado, no Centro Histórico, as marcas da enchente são bem visíveis. Móveis estragados, cheiro de mofo, equipamentos eletrônicos danificados são facilmente percebidos. Uma lâmina d’água ainda é percebida em algumas partes próximas das escadarias e escadas rolantes.
A drenagem total só irá ocorrer quando o encanamento passar por limpeza mais profunda, para desobstrução de terra, que ainda não escoa uma chuva eventual. A estação ficou mais de 20 dias submersa e foi necessário mais de um para retirar toda a água que ficou acumulada na estação. Já a plataforma de embarque e desembarque pouco foi afetada.
Na estação Rodoviária, a lâmina d’água no acesso da escadaria ainda impediu a nossa entrada. Já na estação São Pedro, os trabalhos de reconstrução estão mais avançados. Todas elas já poderiam reabrir em breve suas portas. Mas a grande dificuldade é a necessidade de reconstrução das subestações de energia e casa de bombas próximo da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. O presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, persegue a data de 24 de dezembro para retomar a operação aos usuários.
Enquanto isso, ele reafirma o prazo de reabertura entre as estações Canoas e Farrapos para 20 de setembro. Dois dias antes, os trens já começarão a fazer testes nas vias.
Quando a operação for retomada neste trecho, as viagens serão ofertadas a cada 15 minutos entre 5h e 23h.
A baldeação com ônibus, que hoje ocorre entre a estação Mathias Velho, em Canoas, e o centro da capital, será remanejada para ocorrer entre as estações Farrapos e Mercado.