A obra da nova ponte do Guaíba ainda vai demorar para recomeçar. Porém, já há um indicativo de quando a construção poderá ser retomada.
O ano de 2024 deverá servir para fazer o recadastramento das famílias que precisam ser reassentadas. Há dez anos, um levantamento apontou que 600 casas estavam no traçado das alças da nova ponte. Esse cadastro precisa ser atualizado. Uma projeção atual aponta para algo em torno de mil residências.
Outra etapa necessária que deverá ocorrer ao longo de 2024 é a contratação das empresas que vão executar a obra e a supervisão dos trabalhos. A retomada da construção deverá ocorrer durante o primeiro semestre do ano que vem.
Para este mesmo período é aguardada a transferência das primeiras famílias moradoras das Vilas Areia e Tio Zeca. Elas deverão receber um crédito que será usado na aquisição da nova casa. Essa opção é chamada de compra assistida e foi usada para reassentar moradores das ilhas por onde a nova ponte passa.
Há uma avaliação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de que a retirada de 200 famílias já dará espaço suficiente para que as primeiras alças restantes possam ser construídas, sem expor ao risco os demais moradores. Com as demais transferências sendo realizadas, a projeção é que a travessia estará 100% pronta no primeiro semestre de 2026.
Há duas semanas, em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente Lula e seus ministros prometeram concluir a travessia. O ministro da Casa Civil chegou a dizer que a construção seria retomada até junho de 2024 e ficaria totalmente finalizada 12 meses depois. A prefeitura de Porto Alegre e o governo do Estado foram convidados a participarem da etapa de recadastramento das famílias.
Este convite já havia sido feito em janeiro de 2023, quando o ministro dos Transportes, Renan Filho, fez a mesma solicitação, em visita ao Palácio Piratini. Um grupo de trabalho chegou a ser criado, mas as tratativas não avançaram.
Alças restantes
A alça de quem sai da Avenida Castello Branco para Eldorado do Sul é a principal. Mas também precisam ser construídos o acesso de quem vem de Gravataí pela freeway e vai para o Humaitá, a alça de quem vem de Eldorado do Sul e vai para o mesmo destino, e o sentido contrário, de quem sai do bairro e vai para Eldorado do Sul.