Se depender da vontade do governo Lula, a obra da nova ponte do Guaíba será retomada ainda neste semestre. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (15), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, prometeu que a construção voltará receber operários ainda neste semestre.
Para que isso ocorra, as famílias que moram nas vilas Areia e Tio Zeca receberão aluguel social para se trasferirem para outras moradias enquanto suas novas residências, do Minha Casa Minha Vida, não sejam construídas. Rui Costa cita o número de 600 famílias que seriam beneficiadas.
- Já se tem um cadastro das familias. A ideia é deslocá-las o mais rápido possível para o aluguel social. E vamos destinar o Minha Casa Minha Vida para elas. Estamos identificando um terreno da União e acionamos a Caixa para iniciar, o mais rápido possivel, a construção das 600 unidades habitacionais. Não podemos esperar as casas ficarem prontas para concluir o viaduto. Vamos encaminhar as familias para o aluguel social. E as 600 casas serão construídas em dois anos. Vamos publicar imediatamente a licitação das quatro alças, que ficariam prontas em até um ano - projeto Costa.
Porém, o cálculo de famílias beneficiadas está defasado. Ele foi feito em 2014. Sem a remoção de ao menos 400 moradias é impossível retomar os trabalhos. Na estimativa atual, em torno de mil residências existem na região. Para poder retomar a obra, o governo precisa fazer quatro contratações: é preciso contratar empresas que vão fazer o recadastramento das familias, atualizar o projeto, executar a construção e fiscalizar a obra.
Promessas não cumpridas
Em 2018, o então ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, prometeu que a nova ponte do Guaíba já seria usada no final daquele ano. A obra só foi parcialmente liberada em 2020.
Em 2020, quando inaugurou parcialmente a travessia, o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, garantiu que as quatro alças restantes seriam finalizadas em 2021, o que até hoje não aconteceu.
Investimentos no RS
O ministro também informou que o Rio Grande do Sul ganhará três das 54 policlínicas que serão construídas no Brasil. Uma delas será em Porto Alegre e atenderá a Região Metropolitana. O objetivo é atender melhor pacientes da rede pública que precisam realizar exames.
- As pessoas vão no posto de saude e o médico recomenda uma ressonância magnética, uma tomografia, um raio-x. As pessoas esperam meses para fazer esses exames. Para algumas doenças, como o câncer, esperar meses é a diferença entre a vida e a morte, entre o tratamento simples e rápido, com chance de cura, e o tratamento doloroso, difícil, que reduz drasticamente a chance de cura - explica o ministro.
Na área da educação, a promessa do governo é retomar a construção de 100 creches, 40 quadras polieportivas e 35 escolas. Segundo Costa, os recursos já estão garantidos para estas obras, que deverão ser retomadas até junho, com expectativa de conclusão de até um ano e meio.