Após 45 dias de avaliações, a empresa BSE Engenharia Geotécnica Ambiental concluiu o estudo que inspecionou os desmoronamentos registrados no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre. Os dados já foram encaminhados ainda em dezembro para os técnicos do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), que passaram a analisá-los.
O detalhamento do estudo deverá ser divulgado em breve pelo departamento. Mas a coluna conseguiu apurar algumas informações.
A primeira delas é que não foi apontada uma causa específica para o desmoronamento, queda dos taludes e afundamento da pista da ciclovia. Havia a dúvida de que a dragagem, realizada recentemente no Dilúvio, tivesse sido executada de uma forma mais profunda, tirando a sustentação das paredes da estrutura.
Segundo a empresa BSE, as falhas começam desde as alterações feitas ao longo dos anos nos taludes, passam pela falta de manutenção da estrutura, além de erosões localizadas nos degraus construídos dentro do Dilúvio - que servem para diminuir a velocidade da água -, e também a erosão ocorrida na saídas do esgoto quando ele entra no arroio. Isso é que está gerando instabilidade. Até as árvores de grande porte, que cresceram desordenadamente no local. causaram a sobrecarga do muro, que colapsou.
De posse destas informações, a prefeitura irá agora desenvolver um projeto prevendo um reforço na estabilização dos taludes. Posteriormente, uma licitação será realizada para contratação da obra.
Enquanto isso, outras duas frentes de trabalho estão em ação. Uma delas envolve a reconstrução de duas estruturas que colapsaram próximo à PUC. As obras estão em andamento pela Brasmac Engenharia, uma das empresas responsáveis pela dragagem do Dilúvio.
Já as empresas Empresas Encop e Engeplus desenvolvem o projeto de reconstrução de outros três pontos. Elas também poderão realizar estudos de mais quatro trechos. Quando todo esse trabalho for concluído, a prefeitura irá contratar a empresa que irá recuperar os taludes nos sete pontos ainda sem obras.
Ciclovia
De posse destes estudos, e com o fim do período chuvoso - que agravou os desmoronamentos na ciclovia -, a prefeitura irá analisar a reabertura dos trechos de pista da ciclovia que não ruíram. Em janeiro, ciclistas puderam voltar a usar a pista exclusiva para bicicletas entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e João Pessoa.